Guias

quarta-feira, 30 de março de 2011

Série de alongamentos para ciclistas

Em outras ocasiões relatei a necessidade de alongamentos antes e depois das pedaladas. Hoje repasso, de modo ilustrativo, uma série de alongamentos que serão úteis para todos. Se estiver com pressa e não dispuser de alguns poucos 5-6 minutos, então realize no mínimo as séries de 10 a 16 ilustradas abaixo:




Fonte: Retirado do livro " Stretching" - Bob Anderson

domingo, 27 de março de 2011

O inventor do cicloturismo !

Paul de Vivie nasceu em meados do século XIX na França e lhe cabe a honra de ser o inventor do sistema multi-câmbio traseiro para bicicletas. Mas não pára por aí! Ele foi o fundador da revista “Le cycliste” , também inventou o termo “cicloturismo” e fundou o primeiro clube de cicloturistas na França, bem como se tornou um dos patronos na criação de provas de longa distância não competitivas. Seu amor pela bicicleta foi eterno, inclusive teve grande influência na mudança de rumo em seus negócios pessoais. Seu apelido era “Vélocio”, uma mistura de bicicleta e velocidade a partir de termos franceses. O seu sistema de câmbio criado foi uma grande novidade e sua produção em série foi iniciada em 1906, mas sem muita aceitação. Por sinal, os organizadores do Tour de France diziam que a novidade era para velhos, moças ou inválidos. Logicamente não tinham sequer idéia ou perspectiva do futuro da nova invenção para bicicletas. Os sete mandamentos dos cicloturistas são de sua autoria e bastante conhecidos por praticantes do cicloturismo, são eles:

1. Para não perder ritmo, deve-se parar poucas vezes e de maneira curta.

2. Comer antes de ter fome e beber antes de ter sede, de modo freqüente e em poucas quantidades.

3. Não pedalar até alcançar a fadiga anormal, pois isto faz perder a fome e o sono.

4. Abrigar-se antes de ter frio e despir-se antes de sentir calor. Não ter medo de enfrentar o sol, o ar e a água.

5. Durante a cicloviagem, elimine a carne, o álcool e o tabaco.

6. Jamais ultrapassar os limites de sua capacidade, especialmente nas primeiras horas quando parecemos ter mais “gás”.

7. Nunca pedale sem amor próprio.

Uma de suas melhores declarações sobre a bicicleta pode ser traduzida na seguinte frase: “A bicicleta não é apenas uma ferramenta de transporte, mas um meio de emancipação, uma arma de libertação. Liberta o espírito e o corpo das inquietudes morais e das doenças físicas do mundo moderno, da ostentação, da convenção e da hipocrisia onde a aparência é tudo, mas não somos nada”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O ciclista mais antigo do mundo!

Octavio Orduño é um desses modelos de ser humano que sabe aproveitar a vida. O mecânico aeroespacial aposentado completou 103 anos na última segunda-feira e, provavelmente, é o ciclista mais idoso do mundo. Sua performance não deixa nada a desejar perante os olhos dos habitantes de Long Beach, EUA. Na verdade, a cidade quer elevá-lo à categoria de embaixador do ciclismo com placas e homenagens. Até pouco tempo atrás, ele se utilizava de uma bicicleta em duas rodas, mas por insistência de sua esposa ele agora pedala uma de três rodas (trike). Seu ritual de quase 40 anos é pedalar diariamente ao mercado público, ir ao parque e depois à praia dar uma espiada nas meninas bonitas com suas saias floridas. Ele afirma que isso é melhor do que ficar sentado na sala ou ficar observando a passagem dos carros da sacada de seu prédio onde mora. Ele não lembra a idade em que começou a pedalar, mas lembra que insistiu muito para que seu pai lhe comprasse a primeira bicicleta. De lá pra cá nunca mais parou de pedalar. Ele está no seu segundo casamento e, no próximo ano, irá completar seu 60° aniversário. Vida boa hein, Mr. Orduño!?
Fonte : Los Angeles Times

domingo, 20 de março de 2011

A criança, a bicicleta e a internet!

A preocupação de pais com seus filhos sobre o ambiente interativo em que se encontram é coisa antiga. Olhando para o passado é possível destacar o rádio, a televisão, as histórias em quadrinhos, o celular e outras novidades tecnológicas que tiravam o sono de qualquer família ao observar o mergulho individual de muitas crianças nas novidades surgidas. Neste momento, a internet é a moda do mundo virtual e, apesar de seus recursos de interatividade com outras crianças, não se dispensa cuidados com relação à segurança delas. Nesse engodo está o dilema de todos os pais em saber como manter filhos seguros e, ao mesmo tempo, guiar a meninada para um convívio social sadio. Em contrapartida, esquecem-se os pais que a atividade saudável está no uso da mente e do corpo como equilíbrio de uma futura geração saudável. Muitos inscrevem seus filhos em atividades esportivas que se tornam muito mais um compromisso para as crianças do que uma experiência social divertida. Criança precisa interagir com outras crianças e os adultos precisam compreendê-las sobre seus anseios e orientá-las sobre seus destinos. Claro que o computador, o filme, a música e o celular fazem parte do cotidiano e da vida. A criança dentro de casa parece estar até mais segura do que andando de bicicleta por aí, mas isso é puro engano. A diferença é que vivemos num mundo em que os pais já não valorizam a bicicleta e nem mesmo sabem ‘andar nessa coisa’ para poder acompanhá-los. Torna-se mais cômodo entregar-lhe um computador e achar que algumas regrinhas vão tornar as crianças mais seguras dentro de casa em seu ‘isolamento virtual’. O que falta de verdade é a conscientização para que os adultos participem mais de atividades físicas e psicossociais com suas crianças e adolescentes. O sedentarismo, a ganância do poder ou do dinheiro e o medo das ruas estão transformando nossos brasileirinhos em cópias autênticas de adultos acomodados e sem habilidades manuais que são tão necessárias para os mais jovens. É possível sim retomar a eterna paixão de crianças por suas bicicletas para formarmos cidadãos mais humanos e futuros pais conscientes na formação de gerações cada vez mais saudáveis.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pedale com segurança na chuva

Nossa região se encontra em plena estação das chuvas e é tempo de tomar medidas de precaução nas pedaladas. Particularmente não aprecio sair debaixo de chuva na bicicleta, são riscos que me amedrontam, mas sempre existe a possibilidade de tomar um banho no meio do caminho. Além do banho, há algumas medidas básicas necessárias quanto à segurança do passeio. Considere sempre a possibilidade de utilizar um colete de alta visibilidade por medida de precaução. Ficar de olho nas condições da pista molhada é outra medida importante para evitar tombos desnecessários, pois a aderência de pneus está diminuída e se houver pedriscos ou cascalhos sobre o asfalto, o melhor mesmo é diminuir velocidade para evitar freadas bruscas ou movimentos repentinos na mudança de rumo. Testar freios é algo que não deve ser negligenciado antes e durante as pedaladas, além de verificar sistematicamente a presença de areia ou lama entre as sapatas dos freios e as rodas. Tente evitar poças formadas pelas águas porque escondem buracos, pedras e outras armadilhas que levam muitos ciclistas a acidentes. Lembre que as águas também podem esconder bocas de lobo, tampas de esgotos, passagens de nível entre outras surpresas. Evite passar por cima de placas metálicas que encobrem alguns sistemas de drenagem, pois há a possibilidade de patinar e ir ao chão com a bicicleta. Se estiver usando óculos, será interessante levar uma pequena toalha para enxugar suas lentes. Outros cuidados podem ser tomados em relação à bike, como por exemplo usar um pára-lamas dianteiro, lavar e lubrificar engrenagens após o uso em áreas alagadas, drenar água que se acumula no interior do quadro e outras medidas preventivas de manutenção também ajudam na segurança do passeio.  

terça-feira, 15 de março de 2011

Alimentos de poder !

Quem pratica alguma atividade física sabe muito bem o que significa ter uma alimentação saudável. Para quem usa a bicicleta para o lazer ou como transporte é importante ter em mente que nosso organismo precisa estar muito bem alimentado e energizado, afinal o corpo é o verdadeiro motor que movimenta a bike. Os carboidratos, encontrados principalmente nas massas, são a principal fonte de energia necessária para nossas pedaladas. Entretanto, outros alimentos se tornam valiosos por seu valor nutritivo e que ajudam no rendimento diário do ciclista. Os alimentos a seguir podem aumentar sua resistência, reduzir a fadiga muscular e melhorar a performance. OVOS: É uma ótima dica para o início do dia. São bastante ricos em riboflavina. Durante as pedaladas é bastante comum a perda de riboflavina no suor e a manutenção regular desta vitamina no organismo se torna crucial através de uma alimentação sadia. Pedaladas exigem um fluxo de energia a partir de carboidratos e a riboflavina se torna peça importante na quebra dessas moléculas para geração de energia. CARNE: Logicamente não é aconselhável a ingestão de um belo bife antes de pedalar, mas uma alimentação regular com carnes magras, rica em carnitina, pode ser uma boa idéia. A carnitina é um tipo de molécula presente no nosso corpo que ajuda no transporte da glicose para o interior das mitocôndrias, sendo a seguir quebradas gerando energia que tanto necessitamos. Desta forma, a carnitina ajuda na redução de acúmulo do ácido lático em nossos músculos. IOGURTE: Esse e outros produtos lácteos são ricos em leucina que são responsáveis pela construção de nossas células musculares e manutenção da massa muscular. Além de tudo é facilmente digerido. BRÓCOLIS E ESPINAFRE: Contendo grande quantidade de vitamina C, é um alimento que não deve faltar. O poder antioxidante dessa vitamina evita a tensão muscular e as dores em função do estresse oxidativo da atividade física. Como é um tipo de vitamina que não podemos estocar no corpo e nem produzir em nossas células, é bom que se mantenha numa dieta diária contendo esse elemento. Claro que umas laranjas a mais não fazem mal a ninguém. BANANA: Alimento rico em Potássio e em Vitamina B6. A Vitamina B6 participa na conversão dos carboidratos em energia. Isso mantém regulares seus níveis de açúcar no sangue e suas reservas em alta. PEIXE: Alimento que ingerido regularmente pode aumentar os níveis de Tiamina. Essa vitamina do complexo B regula vários processos metabólicos que o corpo utiliza durante a atividade física.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Modismo ou comodismo do automóvel?

Em julho de 2010 publiquei, aqui no blog, um post relacionado com o endeusamento de automóveis e tendo como título “O totemismo do automóvel”. O assunto jamais estará desatualizado e, por isso, volto a comentar sobre um outro aspecto. Não tenho a mínima intenção de condenar o automóvel, mas o que sempre me preocupa é o destino de vidas humanas enquanto escravas de uma máquina ineficiente embora ainda de utilidade para muitos que necessariamente dependem dela. O modismo do automóvel já perdura por um século ou mais e dá sinais que ainda pode continuar por muito tempo. O problema não está apenas na máquina automotiva em si, mas e muito mais em seus condutores. À máquina reserva-se a ineficiência de seu projeto que, ocupando um espaço de 6 m² e pesando aproximadamente 2ton, transporta em média 1,3 pessoas com um custo altíssimo para o meio ambiente e para o sistema de saúde pública. Ao seu condutor está a ineficiência de operacionalidade de uma máquina capaz de matar e mutilar. Como conseqüência deste dueto perigoso, a vida em grandes e médias cidades se torna estressante quando o assunto é mobilidade. A máquina traz consigo sofisticações tecnológicas que permitem atingir velocidades absurdas, mas para quê? As leis estabelecem limites! Ok.. Ok... Diriam alguns que é para serem burladas! Deus do céu! A sedução provocada pelos fabricantes automotivos investe na tentação de beber ao volante (tem até porta-cervejinha), aposta em distração ao volante com inúmeros acessórios e eletrônicos em seu interior e joga todas as fichas no desejo de ostentação que é a grande arma do mundo capitalista. Já não se fala mais a que ou a quem serve o carro, a ordem agora é para que se tenha um deles mesmo que seja útil só de vez em quando. Afora gafes estruturais de eficiência na conversão de energia em trabalho, o automóvel ainda assim é útil para muitos que sabem usá-lo e para variados serviços de utilidade coletiva de um povo. Retirar o automóvel de moda é um desafio que não parece muito difícil em virtude do mau uso dado a ele nas últimas décadas. Como a exemplo dos velhos casacos de pele, cigarros “hollywoodianos” ou antiquados chapéus de pena que ficaram no passado!     
     

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres!

Mulheres negras, brancas ou pardas

Mulheres ricas ou pobres

Mulheres que lutam, riam ou choram

Mulheres mães, tias ou avós

Mulheres magras ou gordas

Mulheres altas ou baixas

Mulheres tímidas ou extrovertidas

Mulheres são pérolas humanas

Mulheres são fortes

Mulheres são frágeis

Mulheres são ágeis

Mulheres: Feliz dia 08 de Março !

quinta-feira, 3 de março de 2011

Perigo no ar !

Todos nós vivemos momentos preocupantes com trânsito, saúde, meio ambiente, educação e vários outros problemas que nos cercam na vida diária. Quando defendemos a utilização da bicicleta é porque muitos deles poderiam ser minimizados com essa simples mudança de paradigma. Um inquietante e prejudicial elemento que nos rodeia de forma silenciosa com alto poder cancerígeno é o enxofre eliminado pelos motores movidos a diesel no Brasil. Com certa benevolência das autoridades governamentais, o enxofre vem sendo jogado em nossos pulmões numa dose criminosa só vista por aqui. Os exibicionistas desses veículos movidos a diesel provavelmente nem saibam, mas estão literalmente sentados em máquinas mortíferas que exalam puro veneno. Para se ter uma idéia, a concentração de enxofre no diesel usado no Brasil vai de 500 ppm a 2000 ppm. Nos Estados Unidos essa concentração é de 15 ppm e de 10 ppm na Europa, ou seja, sempre sobra para ‘nosotros’ a pior parte. Logicamente há um grande benefício entre Petrobrás e a indústria automotiva que relutam em limpar esse combustível. Nesse joguinho de empurra há uma grande complacência do Conselho Nacional do Meio Ambiente, pois a Resolução de 2002 que minimizava esse teor já deveria estar em vigor desde 2009. Entretanto, nas manobras ocultas das políticas ambientais essas medidas foram adiadas para 2014... quem sabe esticarão mais um pouquinho até lá?! De acordo com o Movimento Nossa São Paulo, veículos movidos a diesel representam 10% da frota do país, mas são responsáveis por 45% da emissão dos poluentes. Apenas em São Paulo, 3 mil pessoas morrem anualmente em virtude da poluição causada pelo diesel, segundo dados de estudos do professor da USP Paulo Saldiva. Será que eu deveria andar e pedalar com máscara?! É! Talvez sim!

terça-feira, 1 de março de 2011

Todos precisamos compartilhar !

O vídeo em língua francesa aqui apresentado não se torna tão difícil de compreensão em virtude até de seus gráficos e números apresentados. É na realidade o que acontece nas ruas e avenidas de quase todas as capitais do mundo, ou seja, o desrespeito aos ciclistas impera em virtude do reinado automotivo. Seja em Paris ou em qualquer capital brasileira, o que podemos constatar é um profundo estado de alerta do ciclista numa situação de rua em que o número de veículos automotores é dominante. Isto se torna desagradável para qualquer um que queira enfrentar o poderio bélico dos motociclistas e motoristas que simplesmente ignoram o ciclista como se não o enxergasse em meio ao caótico trânsito, daí o termo usado no vídeo como “ponto cego” para o ciclista. Claro que cenas como essas não seriam possíveis de edição em Amsterdam ou Assen na Holanda, por exemplo. Lá a realidade é outra. As estatísticas exibidas no início mostram que em Paris, e certamente para o resto do mundo em que há dominância do carro, 47% dos trajetos realizados por automóveis estão abaixo dos 3 km, 22% estão abaixo de 1 km e 12 % estão a menos de 500 metros, surpreendente não é mesmo!? As situações e cenas mostradas que infringem o direito de ciclistas serão facilmente reconhecidas por quem anda de bicicleta. A importância de movimentos mundiais do cicloativismo não é utopia, mas uma realidade que precisa de manifestação e garra na conquista do direito universal para que um ciclista possa ir e vir com segurança.  As leis até existem em todos os lugares, mas falta rigor e fiscalização para o cumprimento delas. Na prática é como se não existissem! O cicloativismo é para que a sociedade enxergue o ciclista “oculto e esquecido” e para que as autoridades exerçam o cumprimento da lei que nos garante compartilhar o trânsito, nada mais!